
Me sinto doente, meu estomago não está bem (o jantar foi algo encaixotado e congelado com um gosto nada agradável de química cancerígena).
Estou cansada, mas o prazer doloroso me cativa… Como uma masoquista, deixo-me ouvir e sentir minha dor mais profunda, influenciada por minha geração (enclausurada na própria ideologia limitada) descontente e sofredora… Não sabemos o que é sofrer fisicamente, então apelamos para o “estilhaçamento” da alma, que gera a doença física e a desintegração humana de dentro para fora.
Não permitirei a insanidade, nem a negação do viver, mas as sombras, ás vezes são bem vindas… Quero parar de chorar mas não hoje e nem agora, preciso disso para me sustentar.
Fico imaginando imagens de como poderia ter sido… Mas não consigo achar que poderia ter sido melhor, não consigo me ver feliz e plenamente satisfeita… Na verdade me imagino em uma vida maçante e descontente. A atual, ao menos, de maçante não possuí nada.
Ouço as teclas soando pesadamente, como ódio, revolta, mas logo retornam a suavidade e melancolia da música em si… Não associo a outra palavra senão Bipolaridade.
Não a possuo, nem acho agradáveis àquelas pessoas que se dizem doentes e não são… Mas na verdade são, por lamuriarem as doenças… De belas elas não possuem nada.
Alguns não fazem ideia do quanto queria que meus textos fossem mais felizes… Alguns até o são… Mas não representam essa minha fase… Então os deixarei para um estado de espírito melhor.
Não me acho mais simpática, na verdade, estou afastando as pessoas, o que não me pesa nem influência minhas ações, o que me gera um alívio e liberdade.
Aprendi a dar valor a pequenos gestos que consolam a falta de ações grandiosas, minha felicidade não é mais feita de dias inesquecíveis, mas moldada de momentos sublimes. É incrível como um simples sorriso e palavra de carinho podem mudar seu dia e fazer você se sentir confiante, a partir daí, crio uma felicidade prolongada, pelo menos até o próximo nascer do Sol. Aprendi que nós geramos nossa própria felicidade os outros apenas a admiram ou a invejam. Mas deixemos ela para outra ocasião e voltemos a beethoven…
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