quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reflexo

Passos cuidadosos, lentos
Busca da luz em um quarto escuro
Sou eu,
minha imagem em um espelho
E Meu retrato me olha
com um doce sorriso da parede
O que vejo hoje é tão diferente
Do que vejo do passado
O formato do rosto
O cabelo
A expressão inocente continua
Apenas em alguns momentos
Mas vejo um vestígio
Um medo antigo
Meus olhos, do castanho vivo
Torna-se vermelho e brilham
E a luz que neles existe
Escoa por minha face
O que vejo é o que sempre quis ver
Mas durará tão pouco.
Anos esperando e tão logo
Se acaba.
Mas existem coisas tão belas e doces
Com este fim… Elas geram começos
E saudades.
Não… que sejam lembranças
Porque a saudade corrói
E as lembranças geram esperança
De que sempre existirão novas lembranças.

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