quarta-feira, 11 de abril de 2012



















O corpo estático vaga pelas memórias distantes
Os olhos pesados pesam ainda mais na alma
Tudo pisa a alma
Um outro corpo vaga e senta
Corpos separados por infinitos pontos
Mesmo que o olhar redefina o espaço
O café ilusiona o real
e inibe um desejo

domingo, 25 de março de 2012



As gotas desfocam as imagens refratando as luzes espalhadas
Os veículos seguem em suas rotas esbarrando nas guias e ruas asfaltadas
Em velocidade os vultos passam…
transeuntes apressados correm e calculam espaços
para conseguir um metro quadrado no cálculo populacional
Um som ressoa no tráfego…
Aos poucos a multidão surge, some e ressurge
movimentando um engarrafamento
As luzes vermelhas se confundem 
com o tom rubro do chão e das faces
(…)

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Paradoxo do nosso Tempo

Reconhecimento

É tão esquisito… em um dia sua vida muda completamente, vc se apega a uma rotina, vc tenta não esquecer das pessoas do seu passado e tenta conciliar os relacionamentos com as novas pessoas do seu presente.
Vc aprende que o impossível é impossível. Que nada do que te é imposto é difícil demais. é lindo saber que vc está preparado.
É ainda melhor saber que vc pode melhorar.
Ter um rumo é excelente, mas deixar sua vida ser uma maravilhosa surpresa é inexplicável.
Perceber todos os olhares e toda a confiança que vc conquistou compensa qualquer desafeto, descrédito, ofensa passada.
É bom saber que vc é a melhor pessoa na opinião de alguém… Mas o que importa mesmo é vc perceber que vc sempre será a melhor pessoa para vc mesmo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Gotinha

Que pequena gotinha é essa que vai
Escorregando em seu fluxo natural ela cai
De folha em folhe e de uma garoa ela sai
Que bela é a forma com que na terra se esvai

Mais bela ainda é a sua volta
Olá gotinha que ao galho retorna
Hidratando as folhas vida se torna
E novamente da camurça verde se solta

E aí vem de novo onde vai agora?
Não gotinha! Para o abismo não! Não vá embora
Não quero que sumas pois na gravidade evapora

Toque meus versos suplico com seriedade
Vi tua arte e te transformei em beldade
E voc~e o que me dá translúcida ingrata? Saudade

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Auto Biografia Fragmentada

Eu,
Criatura de dois lados divinos
Sou composta de duas ou mais distinções
Formada por gêmeos siameses
Fragmentados em estilhaços de mim

Sou extremos somados a meio termos
Mas não sou a imensurável figura de Deus
Por jamais possuir a onisciencia
E por transparecer ser completa
Mas não sê-la de fato

Almejo os pedaços de um todo
Para tê-lo por completo
Mas minha sabedoria alerta que só os encontrarei
Fora deste corpo
Isenta dessa alma fracionada
 Despreendendo-me de minha cognição

Sou movida por ego e valores
Por isso não sou anjo pleonástico
Mas um produto com anjo caído
Em tentações, sonhos, imperfeições

Me assemelho a meus irmãos celestes
E não distoo de meus irmãos banidos

Anjos são perfeitos
Porém lacrados em sua natureza
Concluo então:
Se ser anjo é se libertar de pensamentos,
Sentimentos e ações espontâneas
Expando-me a ser caído

Ainda buscando a perfeição
Mesmo destinada aos anjos
Não entregando-me a perdição
Como os caídos
Assim sinto-me mais perto da onisciencia citada
Por achar saber o que é perfeito
E sentir na pele o que é ser caído

Relato de Um Anjo Pleonástico

Nós,
Seres sem gênero
No plural e de grau superlativo
Somos libertos e confinados
Como criaturas
Somos rocha lapidada com perfeição
Carvão gerado no fogo ardente
Até a formação do diamante
Pleonásticos nas vozes mortais
Por sermos anjos
e por isso já perfeitos
Não sentimos.
Apenas possuímos definições
e somos espelhos da vontade de nosso pai
Não expressamos e não podemos representar
Apenas ser
Guiados por luz sem tocar nas sombras
Para não nos unir aos caídos
Não possuímos inveja para usa-la
Perante os sentimentos humanos
Não podemos odiar aqueles
Cujo pecado carrega multidões
Não nos permitem Ser na definição humana
Por não possuirmos corpo
E para aqueles cujo apenas os olhos
Revelam a verdade
Não passamos de ilusões
ou histórias para influência e poder
Mas não possuímos ego
Para clamar por exsitência