quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Relato de Um Anjo Pleonástico

Nós,
Seres sem gênero
No plural e de grau superlativo
Somos libertos e confinados
Como criaturas
Somos rocha lapidada com perfeição
Carvão gerado no fogo ardente
Até a formação do diamante
Pleonásticos nas vozes mortais
Por sermos anjos
e por isso já perfeitos
Não sentimos.
Apenas possuímos definições
e somos espelhos da vontade de nosso pai
Não expressamos e não podemos representar
Apenas ser
Guiados por luz sem tocar nas sombras
Para não nos unir aos caídos
Não possuímos inveja para usa-la
Perante os sentimentos humanos
Não podemos odiar aqueles
Cujo pecado carrega multidões
Não nos permitem Ser na definição humana
Por não possuirmos corpo
E para aqueles cujo apenas os olhos
Revelam a verdade
Não passamos de ilusões
ou histórias para influência e poder
Mas não possuímos ego
Para clamar por exsitência

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